Olá a todos!
Mais uma vez, foi um prazer muito grande ajudar a proporcionar aquele que foi mais um encontro da família Valente.
Espero que tenham gostado deste dia, e fazemos votos para que para o ano seja ainda melhor.
Aos poucos vamos deixando aqui neste blog algumas fotos e outras recordações deste dia. Estejam atentos.
Desde já aqui transcrevemos a mensagem de boas vindas lida nesse mesmo dia para todos os presentes:
Querida família Valente,
Queridos amigos da família Valente,
Mais um ano que agora passa, e de novo a família aqui reunida, neste dia de chuva, nesta linda e tão nossa aldeia de Santana de Cambas.
Quantas famílias neste mundo poderão ter a sorte de se encontrar assim uma vez por ano, tal como nós aqui hoje, com esta alegria e boa disposição? Quantas pessoas possuirão esta vontade acesa e persistente de percorrer dezenas, centenas, milhares de quilómetros, cruzando fronteiras, fazendo sacrifícios, apenas para estar em família e partilhar a alegria deste dia?
Viemos dos Estados Unidos, Moçambique, Suíça, França, Vila do Conde, Porto, Lisboa, Almada, Pinhal Novo, Elvas, Viana do Alentejo, Beja, Serpa, Faro… de muitos recantos deste mundo, ou aqui mesmo da aldeia, para nos reunirmos aqui todos, neste pequeno lugar do mapa, tão pequeno mas tão grande na vontade de nos receber. Penso pois que o nosso nome diz tudo: somos a grande família Valente!
Este é um encontro de reencontros, de matar saudades, de renovar os abraços e de partilhar alegrias, mas também é um encontro feito de novos encontros. É por isso muito gratificante poder ver hoje aqui alguns primos Valentes pela primeira vez neste convívio familiar. Obrigado a eles!
Mas mais um ano que agora passa e muita coisa se passou desde o nosso último encontro e que gostaria agora de relembrar: em assuntos de família, este foi o ano do Facebook. Criticado por muitos, louvado por outros, a verdade é que graças a ele podemos estar um pouco mais juntos, reencontrar familiares e amigos que fomos perdendo com o tempo e com as mudanças da vida. Graças ao facebook foi também possível organizar e promover este encontro de família de uma forma muito mais cómoda e facilitada para todos. E estamos agora bem mais perto uns dos outros também nos restantes dias do ano.
Ainda no que respeita a acontecimentos neste ano, relembro o episódio dos mineiros chilenos que ficaram encurralados por longas semanas a muitos metros de profundidade. Através da televisão, todos vivemos um pouco da angústia e ansiedade daquelas famílias, todos nos enchemos de esperança e nos emocionámos com o reencontro dos mineiros com os seus familiares.
Relembro também as notícias quase diárias de idosos encontrados sós, sem vida e abandonados em suas casas. Pergunto-me como é possível nos dias de hoje uma pessoa ser encontrada em sua casa passados 9 longos anos da sua morte. Onde estava a sua família? Os estavam seus amigos?
São episódios como estes e muitos outros que acontecem connosco e à nossa volta dia após dia que nos fazem reconhecer o quão importante é ter uma família, e que óptimo é sentir que temos sempre alguém que nos conforte e ampare. Apesar de vermos partir desta vida aqueles que nos são mais queridos, e muitas vezes de forma tão trágica e inesperada, é muito bom ter sempre alguém que nos conheça, nos sorria e nos faça sentir que não estamos nem nunca estaremos sós neste mundo. Temos a nossa família. E quem melhor sabe de nós?
Há coisas entretanto que não mudaram mesmo desde o nosso último encontro. Continua-se a falar na crise, que está agora generalizada: temos a crise política, a crise económica, a crise social, enfim, temos a crise bem instalada nas nossas casas e nos nossos bolsos. Temos agora cá o FMI, mas como ouvi dizer há umas semanas atrás: eles que venham que o Benfica dá-lhes 15 a zero.
Bem, mas têm sido de facto tempos bem difíceis e ninguém sabe o que mais virá. Aumenta o receio pelo nosso futuro, mas sobretudo diminui a fé pelo futuro dos nossos filhos e desta sociedade onde todos vivemos hoje. As coisas estão a mudar à nossa volta, e por isso é tempo de mudar também, e de reflectir. É tempo de ajustar as nossas prioridades e de nos focarmos naquilo que é essencial na nossa vida: ser feliz em cada dia que passa.
E este fim-de-semana serão dois dias inteiramente dedicados a essa felicidade que é a família: temos hoje o nosso encontro de família, e amanhã o dia de todas as mães e dia do trabalhador também. Vamos pois aproveitar o máximo deste fim-de-semana para nos divertirmos, celebrarmos a vida e partilharmos em família toda a nossa felicidade e fraternidade.
Muito obrigado a todos vós aqui presentes, sobretudo aos que aqui se encontram pela primeira vez. Obrigado por podermos contar com vocês. Aos que apesar da vontade não puderam estar aqui hoje, eles que saibam que estão connosco de qualquer das formas, e que Deus queira que para o ano as coisas melhorem e possam juntar-se a nós neste mesmo dia. Aos teimosamente ausentes, apenas um recado: perdoar e esquecer as amarguras do passado são virtudes que infelizmente não estão ao alcance de todos. Nós perdoamos mais uma vez a sua ausência - afinal somos família - mas queira Deus que um dia eles possam crescer no pensamento e estar aqui presentes em encontros futuros.
Somos muitos, mas muitos mais são aqueles que hoje aqui recordamos e que, no fundo, também estão connosco em pensamento. Termino com as palavras de um também alentejano José Luis Peixoto, que em muito retratam o verdadeiro sentido deste dia e de estarmos aqui hoje presentes:
Querida família Valente,
Queridos amigos da família Valente,
Mais um ano que agora passa, e de novo a família aqui reunida, neste dia de chuva, nesta linda e tão nossa aldeia de Santana de Cambas.
Quantas famílias neste mundo poderão ter a sorte de se encontrar assim uma vez por ano, tal como nós aqui hoje, com esta alegria e boa disposição? Quantas pessoas possuirão esta vontade acesa e persistente de percorrer dezenas, centenas, milhares de quilómetros, cruzando fronteiras, fazendo sacrifícios, apenas para estar em família e partilhar a alegria deste dia?
Viemos dos Estados Unidos, Moçambique, Suíça, França, Vila do Conde, Porto, Lisboa, Almada, Pinhal Novo, Elvas, Viana do Alentejo, Beja, Serpa, Faro… de muitos recantos deste mundo, ou aqui mesmo da aldeia, para nos reunirmos aqui todos, neste pequeno lugar do mapa, tão pequeno mas tão grande na vontade de nos receber. Penso pois que o nosso nome diz tudo: somos a grande família Valente!
Este é um encontro de reencontros, de matar saudades, de renovar os abraços e de partilhar alegrias, mas também é um encontro feito de novos encontros. É por isso muito gratificante poder ver hoje aqui alguns primos Valentes pela primeira vez neste convívio familiar. Obrigado a eles!
Mas mais um ano que agora passa e muita coisa se passou desde o nosso último encontro e que gostaria agora de relembrar: em assuntos de família, este foi o ano do Facebook. Criticado por muitos, louvado por outros, a verdade é que graças a ele podemos estar um pouco mais juntos, reencontrar familiares e amigos que fomos perdendo com o tempo e com as mudanças da vida. Graças ao facebook foi também possível organizar e promover este encontro de família de uma forma muito mais cómoda e facilitada para todos. E estamos agora bem mais perto uns dos outros também nos restantes dias do ano.
Ainda no que respeita a acontecimentos neste ano, relembro o episódio dos mineiros chilenos que ficaram encurralados por longas semanas a muitos metros de profundidade. Através da televisão, todos vivemos um pouco da angústia e ansiedade daquelas famílias, todos nos enchemos de esperança e nos emocionámos com o reencontro dos mineiros com os seus familiares.
Relembro também as notícias quase diárias de idosos encontrados sós, sem vida e abandonados em suas casas. Pergunto-me como é possível nos dias de hoje uma pessoa ser encontrada em sua casa passados 9 longos anos da sua morte. Onde estava a sua família? Os estavam seus amigos?
São episódios como estes e muitos outros que acontecem connosco e à nossa volta dia após dia que nos fazem reconhecer o quão importante é ter uma família, e que óptimo é sentir que temos sempre alguém que nos conforte e ampare. Apesar de vermos partir desta vida aqueles que nos são mais queridos, e muitas vezes de forma tão trágica e inesperada, é muito bom ter sempre alguém que nos conheça, nos sorria e nos faça sentir que não estamos nem nunca estaremos sós neste mundo. Temos a nossa família. E quem melhor sabe de nós?
Há coisas entretanto que não mudaram mesmo desde o nosso último encontro. Continua-se a falar na crise, que está agora generalizada: temos a crise política, a crise económica, a crise social, enfim, temos a crise bem instalada nas nossas casas e nos nossos bolsos. Temos agora cá o FMI, mas como ouvi dizer há umas semanas atrás: eles que venham que o Benfica dá-lhes 15 a zero.
Bem, mas têm sido de facto tempos bem difíceis e ninguém sabe o que mais virá. Aumenta o receio pelo nosso futuro, mas sobretudo diminui a fé pelo futuro dos nossos filhos e desta sociedade onde todos vivemos hoje. As coisas estão a mudar à nossa volta, e por isso é tempo de mudar também, e de reflectir. É tempo de ajustar as nossas prioridades e de nos focarmos naquilo que é essencial na nossa vida: ser feliz em cada dia que passa.
E este fim-de-semana serão dois dias inteiramente dedicados a essa felicidade que é a família: temos hoje o nosso encontro de família, e amanhã o dia de todas as mães e dia do trabalhador também. Vamos pois aproveitar o máximo deste fim-de-semana para nos divertirmos, celebrarmos a vida e partilharmos em família toda a nossa felicidade e fraternidade.
Muito obrigado a todos vós aqui presentes, sobretudo aos que aqui se encontram pela primeira vez. Obrigado por podermos contar com vocês. Aos que apesar da vontade não puderam estar aqui hoje, eles que saibam que estão connosco de qualquer das formas, e que Deus queira que para o ano as coisas melhorem e possam juntar-se a nós neste mesmo dia. Aos teimosamente ausentes, apenas um recado: perdoar e esquecer as amarguras do passado são virtudes que infelizmente não estão ao alcance de todos. Nós perdoamos mais uma vez a sua ausência - afinal somos família - mas queira Deus que um dia eles possam crescer no pensamento e estar aqui presentes em encontros futuros.
Somos muitos, mas muitos mais são aqueles que hoje aqui recordamos e que, no fundo, também estão connosco em pensamento. Termino com as palavras de um também alentejano José Luis Peixoto, que em muito retratam o verdadeiro sentido deste dia e de estarmos aqui hoje presentes:
na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu,
depois, a minha irmã mais velha casou-se.
depois, a minha irmã mais nova casou-se.
depois, o meu pai morreu.
hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está na casa dela,
menos a minha irmã mais nova que está na casa dela,
menos o meu pai, menos a minha mãe viúva.
cada um deles é um lugar vazio nesta mesa onde como sozinho.
mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco.
É realmente um enorme prazer e muita, muita, emoção ajudar a que mais uma vez este encontro se proporcionasse. Que passem um óptimo dia, é o nosso desejo, e viva a família Valente!
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu,
depois, a minha irmã mais velha casou-se.
depois, a minha irmã mais nova casou-se.
depois, o meu pai morreu.
hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está na casa dela,
menos a minha irmã mais nova que está na casa dela,
menos o meu pai, menos a minha mãe viúva.
cada um deles é um lugar vazio nesta mesa onde como sozinho.
mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco.
É realmente um enorme prazer e muita, muita, emoção ajudar a que mais uma vez este encontro se proporcionasse. Que passem um óptimo dia, é o nosso desejo, e viva a família Valente!
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