Chove lá fora. Adivinham-se já suas gotas espessas e frias, como lágrimas de um Verão prestes a despedir-se de nós. Em breve a chuva chega e vem para ficar. Em breve o frio aperta, o vento sopra, as folhas caem, os pássaros recolhem, a lareira se acende e nos livra de um frio que só depois o Natal aquece. Eis então que chega, de novo, a Primavera. Os primeiros raios de sol, as searas ondulando como mar, os aromas da terra e das cores, as andorinhas bailando com o céu, as folhas que renascem e as flores que se colhem, em constante e natural renovação.
Nossas vidas são como as estações do ano: elas se renovam de tempos em tempos, de gerações em gerações, sempre em perfeita harmonia e equilíbrio. Porque há sempre um Verão que nos fortalece e alegra, um Outono que nos esmorece e enfada, um Inverno que nos conforta e abriga, uma Primavera que nos renasce e dá vida. Porque no final de cada ciclo fica em nós esta vontade renovada de renascer, de viver mais um ciclo da vida, de podermos passar mais umas estações desta vida, onde sempre soubémos ser felizes. É essa a força da vida que gera vida.
Bem, a verdade é que apesar disso já tenho saudades do Verão. Deste Verão que já passou e de todos os outros Verões das minhas já muitas (hum.. algumas) Primaveras. Recordo este com nostalgia:
Com os votos de um bom fim de semana e, já agora, um bom Outono para todos.
A Geração Valente.