sexta-feira, 31 de julho de 2009
Baú de fotografias
De pequenino...
Sabe sempre a pouco.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Já se vê a cabeça dela!
terça-feira, 14 de julho de 2009
Museu do Contrabando em Santana de Cambas
Para quem anda desactualizado:
Foi inaugurado no passado dia 10 de Junho o Museu do Contrabando em Santana de Cambas. Localizado no antigo edifício da Autarquia, o museu deseja ser repositório de um manancial de informação, sobretudo oral, que importa salvaguardar e divulgar. O museu foi criado com o objectivo de mostrar uma parte da história da Freguesia, mas também para aproveitar o seu património histórico e cultural como um recurso que poderá trazer riqueza e desenvolvimento.
Fonte: www.mertolaonline.com
Acrescento que é o primeiro museu deste género em Portugal. Merece por isso, e também porque representa uma boa parte da nossa história, uma visita atenta.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Santana de Cambas: Freguesia tem "meia" Igreja
Alentejo: Padre reza missa num concelho para fiéis sentados noutro
Numa povoação alentejana dividida por dois municípios, a “velhota” Patrocínia Guerreiro entra em casa em Serpa e sai pelas traseiras já em Mértola e o padre reza a missa num concelho para fiéis sentados no outro.
“A minha casa é especial. A porta da frente está no concelho de Serpa e a de trás já está no de Mértola”, contou à agência Lusa e entre risos a idosa, de 74 anos, que mora numa das casas construídas em cima da linha que traça a divisão administrativa entre aqueles concelhos do distrito de Beja e que atravessa a povoação de Vale do Poço.
Encostada à Estrada Nacional 265 e a poucos quilómetros da aldeia da Mina de São Domingos, a povoação, com cerca de 100 habitantes, estende-se por seis hectares, metade dos quais pertence à freguesia do Salvador, no concelho de Serpa, e a outra à de Santana de Cambas, no de Mértola.
Sentada na cozinha, onde passa “a maior parte do tempo” entre bordados, “a entretenga dos dias”, Patrocínia confessou que “nunca viu a partilha da casa”, que está registada e paga contribuição autárquica em Serpa, mas “desconfia” que “a salinha de estar, que dá para a frente, deve ser Serpa”, a cozinha, no meio, deve ser “a fronteira”, e “o quarto, que dá para as traseiras, já deve ser Mértola”.
“Ao que parece”, Patrocínia, antiga “mulher do campo” que vive sozinha e “anda sempre bem-disposta”, entra em casa pela porta principal ainda no concelho de Serpa, cozinha e come “na fronteira”, mas dorme e sai pelas traseiras já no de Mértola.
A poucos metros da casa de Patrocínia, a capela de Vale do Poço, inaugurada em 2001, também foi construída em cima da linha da divisão administrativa entre os dois concelhos e, apesar de estar “quase toda” na freguesia do Salvador, “tem o altar na freguesia de Santana de Cambas”.
Por isso, “é costume dizer-se, em jeito de brincadeira, mas com um fundo de verdade”, que, em Vale do Poço, “o padre reza a missa em Mértola para os fiéis sentados em Serpa”, contou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Santana de Cambas, José Rodrigues.
A Capela de Santo António faz parte da paróquia de Santana de Cambas, mas é servida por dois padres, um de Serpa e outro de Mértola, que rezam missa, uma vez por mês cada um, e prestam assistência religiosa a baptizados, casamentos e funerais, “conforme são chamados pelas pessoas”, disse à Lusa Hortênsia Ramos, 77 anos, uma das mulheres da povoação que “cuida” da capela.
Num regresso ao passado, José Rodrigues justifica a “particularidade” de Vale do Poço, contando que a povoação “cresceu à volta” de duas fábricas de moagem de cereais que se instalaram na zona, no início dos anos 30 do século XX.
Em pleno Estado Novo, durante a Campanha do Trigo (1929-37), as fábricas, “para fugirem ao imposto que tinham de pagar quando transportavam cereais de um concelho para outro”, “instalaram-se de propósito em cima do risco da divisão administrativa e com uma porta para o lado de Mértola e outra para o de Serpa”.
Desta forma “engenhosa”, frisou José Rodrigues, “as fábricas moíam e serviam de trampolim para passar os cereais de um concelho para o outro sem pagar impostos”.
Para os habitantes, a “particularidade” de Vale do Poço “tem sido mais vantajosa do que prejudicial”, frisou o autarca, referindo que a povoação “foi a primeira dos concelhos de Mértola e de Serpa a ter saneamento básico e ruas alcatroadas”.
Graças a um entendimento entre os autarcas, alcançado em 1997, a Câmara de Mértola instalou a rede de abastecimento público de água e de esgotos e a de Serpa fez os arruamentos, lembrou José Rodrigues, acrescentando que há seis anos as duas autarquias organizam também em conjunto uma feira anual transfronteiriça.
Apesar de os autarcas das duas câmaras e das duas juntas serem de forças políticas diferentes, “o entendimento é perfeito”, garantiu José Rodrigues (PCP), corroborado pelo presidente da Junta de Freguesia do Salvador, Mário Apolinário (PS), que, frisou, “a administração de Vale do Poço é feita em parceria” e “as obras necessárias, sejam em que freguesia for, são feitas em conjunto”.
A obra mais recente, que permitiu recuperar, em 2005, os balneários públicos e construir a “casinha de espera do autocarro”, situadas à entrada da povoação, “foi feita com materiais cedidos pela junta do Salvador e com mão-de-obra paga pela de Santana de Cambas”, exemplificou José Rodrigues.
Apesar da naturalidade e da residência, salientou José Rodrigues, “a maior parte das pessoas virou-se para Serpa”, porque “fica mais perto, tem melhores serviços de saúde e mais oferta de serviços” e devido à “facilidade de transporte”, já que “há dois autocarros por dia entre Vale do Poço e Serpa e apenas um por semana para Mértola”.
Em Vale do Poço, com ruas sem nome e casas sem números de porta, foram criados 118 apartados, metade para os habitantes de cada freguesia, mas todos com código postal de Serpa, que distribui o correio.
Uma situação que “tem causado alguns inconvenientes” aos habitantes, sobretudo aos de Santana de Cambas, quando apresentam atestados de residência passados por aquela junta de freguesia de Mértola, mas com morada com código postal de Serpa.
“As pessoas lá têm que explicar a particularidade de Vale do Poço”, disse José Rodrigues, referindo ainda os “inconvenientes” dos habitantes de Santana de Cambas quando vão ao Centro de Saúde de Serpa.
“São atendidos, mas há sempre o problema da freguesia, que pertence a Mértola”, disse, referindo que “o ideal seria a povoação estar num só concelho”.
“Mas isso implicaria fazer um referendo para saber em que concelho os habitantes gostariam de ser integrados e, depois, mexer na linha de divisão administrativa entre os concelhos para Vale do Poço ficar só num”, disse, admitindo que “a maior parte das pessoas e os autarcas não estão muito receptivos à ideia”.
“Resta-nos, como até agora, ir gerindo o melhor possível a particularidade de Vale do Poço”, que “já se tornou indiferente para os habitantes, que estão de tal forma habituados que nem ligam”.
“Fazemos de conta que somos todos do mesmo concelho. Olhe, somos todos de Vale do Poço”, remata Patrocínia Guerreiro, que vai continuar a “passear” entre os concelhos de Mértola e Serpa sem precisar de sair de casa.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Aí vêm as Festas!
Faltam pouco mais de três semanas para as festas de Santana de Cambas.
Muitos há que contam ansiosamente os dias que faltam (e eu conto e digo: faltam só 24!).
Muitos até aguardam por ela o ano inteiro, o que se traduz numa incessante contagem de 364 dias. É como se o último fim de semana de Julho fosse o início e o final do ano no nosso calendário.
Outros há que, à distância, vivem esses dias com a nostalgia do passado e o pesar por não poderem estar presentes este ano, mas sempre com a esperança de, talvez quem sabe, poderem vir no ano que vem, se o destino permitir.
Lembro-me que, quando era criança, aí começavam os melhores dias do ano: as festas da aldeia representavam não só a alegria desses 3 dias, mas o início do longo período de férias (e que no final, vendo bem, é sempre curto!). Agora adulto, confesso que pouca coisa mudou. Nada mudou mesmo quanto à ansiedade: claro que já não posso ir correr até à santinha na prova de atletismo no sábado pela manhã (acho que perdi a idade e ganhei a barriga) e não posso também participar na corrida de sacos (pelos mesmos motivos, mas mais pela barriga que pela idade). Resta-me talvez jogar uma partida de futebol (acho que aguento, pelo menos, 2 minutos à Cristiano Ronaldo), ou tentar ganhar um jogo no torneio da Sueca ou no tiro ao alvo… (para tudo neste mundo é preciso sorte e pontaria). Mas a minha ansiedade reside e permanece em tudo o resto: em participar em qualquer coisa, com barriga ou não, em contribuir para a festa, em dançar, em celebrar, em ver a nossa aldeia mais linda e remodelada de ano para ano, em ver e sentir a alegria da família e das gentes da terra, esta terra que nesta altura desponta em felicidade, sejam estes ou não uns tempos difíceis.
Não tenho ainda o programa das festas… (será que alguém pode enviar?) Mas não será com certeza muito diferente dos anos anteriores. Pelo menos assim espero: tal como no futebol, em equipa que ganha não se mexe. Serão certamente mais umas grandes festas, cheias de alegria e emoções que nos dão alento e força para o resto do ano. Para mais um ano inteiro.
Dias 24, 25 e 26 de Julho - Faltam 24 dias, portanto.
Para quem não puder estar este ano, ou para quem não sabe ainda como será, prometemos aqui contar-vos depois como foi. Certo é que sentiremos a vossa falta.
Com um abraço,
A Geração Valente